No século XVI, com o surgimento
de novas religiões na Europa, como o calvinismo, luteranismo, anglicanismo; a
Igreja começou a entrar em crise, perdendo seu domínio sobre a Inglaterra,
metade da Alemanha e diversos países da Europa. Com isso a Igreja acabou se
vendo obrigada a tomar medidas drásticas para frear a onda protestante que se
alastrava pela Europa.
Umas das medidas tomadas pela
Igreja foi reabri o antigo Tribunal do Santo Ofício, uma instituição eclesiástica de carácter "judicial", que tinha como principal objetivo "inquirir
heresias".
Para criar uma barreira contra o
avanço do protestantismo, após a Reforma Protestante, o Papa Paulo III convocou
um concílio para a cidade italiana de Trento. O Concílio de Trento foi realizado
entre os anos de 1545 e 1563, onde vários assuntos eram discutidos, e várias
ações entraram em execução. O objetivo
do concílio era reafirmar as doutrinas tradicionais.
Além disso, a Igreja publicou em
1564 o “Index Libro rum Prohibitorum”, uma relação de livros considerados
hereges por serem contrários aos dogmas e ideias defendidas pela Igreja
Católica. Os livros apreendidos eram queimados, e quem fosse pego com materiais
deste tipo recebiam punições severas. Com isso vários escritores, muitos deles
cientistas, foram presos e condenados. Essa foi uma forma encontrada pela Igreja de
barrar o avanço de outras doutrinas e manter o controle cultural nas mãos da
Igreja Católica.
Em
1534 foi fundando por um grupo de estudantes da Universidade de
Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido
posteriormente como Inácio de Loyola, uma congregação religiosa denominada
como Companhia de Jesus. Os membros eram conhecidos como jesuítas. O principal
objetivo da congregação era combater o protestantismo através do ensino
religioso. A companhia de Jesus foi aprovada em 27 de setembro de 1540, pelo
Papa Paulo III. Os jesuítas foram encaminhados aos continentes africano,
americano e asiático, com o objetivo principal de transformar os nativos em
novos católicos, através da catequização (ensino da língua portuguesa, doutrina
católica e hábitos europeus). Atualmente é conhecida principalmente por
seu trabalho missionário e educacional.
Preocupada em conter o avanço
dessas ideias, a igreja Romana iniciou através do Tribunal da Santa Inquisição
a perseguição mais infame e sangrenta da história, onde, no caso da França
foi a "Noite de São Bartolomeu", cujo principal responsável foi a
casa real francesa, um episódio político e não religioso, onde três mil protestantes,
principalmente os Huguenotes (grupo de protestantes Calvinistas), foram
assassinados e tiveram os corpos jogados nas ruas.
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